As mulheres já participam nos eventos de eSports e são membros de longa data de várias comunidades de jogos desde antes da introdução de Valorant, o jogo de tiros tático 5v5 baseado em personagens. No entanto, contrariamente à sua existência colectiva, pensa-se que a cena dos desportos electrónicos é constituída principalmente por homens, jovens e idosos.
O mesmo não acontece nos dias de hoje, em que as mulheres constituem entre 30% a 40% da base de jogadores do Valorant. Além disso, jogos como COD, PUBG, League of Legends, etc., também têm equipas de mulheres que competem não menos do que os homens ou melhor.
Como é que a Valorant é coroada por apoiar a entrada das mulheres no mundo dos eSports?
Promoção das mulheres desde o lançamento da Valorant
A Riot foi anteriormente acusada de sexismo por não contratar mulheres para os seus cargos de direção. Estabeleceu a Riot como um gigante na indústria do jogo que se opõe à igualdade e como uma organização que mostrou negligência relativamente a estas questões sociais.
O lançamento do Valorant mudou esta situação para a Riot, uma vez que tanto os seniores como os criadores queriam criar um sistema que promovesse as mulheres nos cenários dos eSports. Assim, a Riot criou a Valorant Game Changers Academy, que oferece formação a jogadoras e dá-lhes oportunidades iguais de competir nos níveis semi-profissionais. A sua participação pode mais tarde ajudá-los a entrar nos torneios profissionais mundiais.
Em setembro de 2020, apenas três meses após o lançamento oficial do jogo, Valorant organizou o “For the Women Summer Showdown” para convidar os jogadores interessados de géneros diferentes do masculino a participar e a sair vitoriosos.
Volta dos Campeões Valorant
Em fevereiro de 2021, Valorant anunciou seu evento Game Changers eSports do Valorant Champions Tour (VCT). A Riot lançou o torneio para apoiar a base de jogadores qualificados de mulheres e de outros géneros, oferecendo-lhes a oportunidade de participar num evento global de eSports.
A Riot acredita que este torneio e eventos semelhantes criarão um ambiente seguro para as mulheres competirem profissionalmente sem receio de assédio com base no género ou na identidade. Além disso, acredita-se que estes eventos oferecem experiência, formação e orientação a personalidades femininas dos desportos electrónicos, que anteriormente estavam em grande parte excluídas do cenário competitivo global.
Agentes da Valorant
Aprendendo com os erros do passado, a Riot’s Valorant conta atualmente com oito agentes femininas. Equilibra perfeitamente a sua lista de 16 agentes, sendo os restantes homens e até robôs, reflectindo assim a sua adoção da igualdade. Este tipo de acordo também permite que as mulheres se sintam mais inclusivas numa grande indústria de jogos que essencialmente as afasta.
Os jogadores podem jogar na pele de agentes como Astra, Sage, Raze, Viper, Killjoy, Skye, Reyna e Jett. Cada um deles possui capacidades únicas e assustadoras, suficientes para desafiar os restantes agentes pescoço a pescoço ou para os apoiar dedo a dedo.
Resultados no mundo real
As medidas adoptadas pela Riot para a Valorant para promover as mulheres nos eSports não são meramente superficiais ou de natureza estética. Após o lançamento de Valorant, muitas jogadoras encontraram a sua base de fãs transmitindo os seus jogos de Valorant em sítios como o Twitter, o Youtube, etc. Segundo consta, as equipas mundiais de eSports também contrataram jogadoras para representar as suas equipas no VCT Game Changers e noutras séries.
A Cloud 9 White, que recentemente se tornou a vencedora do VCT Game Changers, é um bom exemplo de um cenário de eSports competitivo feminino que está a desenvolver-se substancialmente. No total, 16 equipas competiram pelo título e estão previstos mais eventos deste tipo ao longo do ano.
